Clínica Dra. Rosa Basto - Psicologia e Hipnoterapia | E se a fome que sente, for apenas uma necessidade emocional?

E se a fome que sente, for apenas uma necessidade emocional?

Clínica Dra. Rosa Basto - Psicologia e Hipnoterapia | E se a fome que sente, for apenas uma necessidade emocional?

A obesidade é uma realidade presente nos dias de hoje, e de difícil controlo, associada a grandes investimentos terapêuticos, e sem um sucesso real satisfatório. Nesta síndrome multifatorial, observa-se uma forte interferência psicológica de acção subconsciente, que justifica fenómenos comportamentais como a diminuição de motivação, e persistência na adesão a programas de perda de peso, bem como a manutenção de resultados obtidos.


A indústria alimentar tem demonstrado esta preocupação com a oferta de novos produtos adaptados à individualidade de cada pessoa. Nunca antes tínhamos observado uma oferta de alimentos com uma carga nutricional tão vasta, exigente e comprometida como agora na satisfação desta necessidade, observando-se todas as condições necessárias para um real sucesso. Então porque é que ainda se mantém esta problemática? Podemos assim observar a necessidade de encontrar novas intervenções terapêuticas e complementares agora dirigidas a um plano emocional psíquico. Neste artigo procuramos demonstrar a complementaridade de uma abordagem terapêutica, com recurso à Hipnose Clínica, para obtenção dos resultados desejados em tempo útil, bem como manutenção dos mesmos.

A obesidade pode estar associada a uma consequência directa do estilo de vida “confortável” de uma sociedade moderna, caracterizada por hábitos alimentares pouco saudáveis e associados também a uma população eminentemente sedentária, típica de países desenvolvidos com condições de riqueza em crescimento. A problemática e preocupação da obesidade deve-se a uma associação directa à mortalidade precoce, estando na origem de múltiplas doenças crónicas debilitantes, incluindo alguns tipos de cancro, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares, sendo descrito por alguns autores que o desenvolvimento destas doenças é proporcional ao aumento de peso.

A obesidade pode estar associada a uma consequência directa do estilo de vida “confortável” de uma sociedade moderna, caracterizada por hábitos alimentares pouco saudáveis.

Qual a relação dos aspectos psicológicos na obesidade?

A obesidade cria imensos desafios na manutenção de um equilíbrio psicológico, sendo que a insatisfação corporal é a complicação psicológica mais frequentemente manifestada. As pessoas que apresentam um índice de massa corporal maior, tendem a ter uma imagem corporal mais negativa, por se afastar do padrão de imagem corporal ideal imposto pelas sociedades ocidentais, que se caracteriza por corpos magros, e tonificados.

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Este desequilíbrio pode gerar maiores índices de ansiedade, baixa autoestima, insegurança e tristeza. Este estado mental pode favorecer a que pessoas obesas se isolem do exterior, fechando-se no seu mundo onde podem encontrar na comida uma forma de reduzir o sofrimento, consumindo mais alimentos como mecanismo compensatório, criando um ciclo vicioso.

Para reflectir:

Uma campanha promocional da Girls. Girls. Girls. Magazine tornou-se viral e está a ser elogiada nas redes sociais. A campanha tem um vídeo no qual Cynthia Nixon recita um poema escrito por Camille Rainville intitulado ‘Be a Lady, They Said’ e que aborda as mensagens conflituosas que as mulheres enfrentam diariamente, desde o seu aspecto físico à forma como se vestem, o modo como falam ou como se comportam.

“Não sejas demasiado gorda. Não sejas demasiado magra. Não sejas demasiado alta. Não sejas demasiado baixa. Come. Emagrece. Pára de comer tanto. Meu Deus, pareces um esqueleto. Porque é que não comes?” Presa por ter cão, presa por não ter. É uma lista de padrões contraditórios, impostos, impossíveis. “Não digas sim. Não digas não.” E, ao mesmo tempo, resumidos de forma tão simples: “Simplesmente, sê uma senhora”, dizem.

Em que é que uma abordagem psicológica poderá proporcionar o peso ideal?

Para que uma abordagem terapêutica convencional possa proporcionar uma redução de peso duradoura é fundamental existir um suporte emocional, facilitando a mudança de hábitos alimentares e ainda, investigar os elementos emocionais subconscientes que possam estar na origem da manutenção do excesso de peso.

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Na prática clínica, a abordagem de técnicas de autocontrolo e saciedade é fundamental. Algumas pessoas comem, não porque exista uma constante sensação de fome mas porque criaram um hábito, ou seja criaram uma associação de que comer reduz a sua ansiedade. Deste modo, em situações de stress emocional, comer de forma compulsiva é o preço desta associação. Em sessão terapêutica, a mudança deste fenómeno é possível e transformável, mudando hábitos impulsivos de resultados indesejados, para novos, agora em sintonia com um estado desejável a alcançar. Modificando a relação com a comida, e a necessidade “emocional” desta, irá ser possível influenciar directamente a obtenção da meta que deseja atingir.

Algumas pessoas comem, não porque exista uma constante sensação de fome mas porque criaram um hábito, ou seja criaram uma associação de que comer reduz a sua ansiedade.

Uma das estratégias é aprender a “escutar” o corpo. O protocolo Diamante dispõe de várias ferramentas, sendo que através da Hipnose Clínica, poderá aprender a comunicar com o seu estômago, poderá ser capaz de perceber o sinal que este lhe envia quando está com fome, ou quando apenas tem vontade de comer. O intuito é que aprenda a sentir-se novamente satisfeito, sem necessidade de sentir desejos de comida entre as refeições. Não só a alimentação será objectivo desta abordagem, mas também hábitos de vida que indiretamente proporcionam um corpo saudável. Um exemplo é a sugestão para a prática de exercício físico como uma tarefa cada vez mais agradável, prazerosa, para que possa sentir-se mais motivado para praticar desporto de forma regular, reduzindo a possibilidade de abandono deste hábito.

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O grande objectivo é ressignificar comportamentos, de forma a que se consiga aumentar o cumprimento e a adesão às restantes terapêuticas envolvidas no tratamento da obesidade. Numa última fase, o objectivo é a consolidação do tratamento e a prevenção de recaídas a longo prazo, por isso a aprendizagem de técnicas de auto sugestão numa utilização diária, são fundamentais para sugerir ao corpo físico e emocional uma nova imagem corporal onde os benefícios já são assumidos com a incorporação de novos hábitos de vida, agora saudáveis e a longo prazo.

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